quarta-feira, 23 de junho de 2010

"O amor nasce de pequenas coisas, vive delas e por elas às vezes morre."




Concordo plenamente com isso, as menores coisas ás vezes podem ser muito mais significativas do que vários atos de maior tamanho... já percebeu como é bom receber uma mensagem sem estar esperando? Você na escola, seu celular vibra e quando você o pega, é uma mensagem super carinhosa de alguém que você gosta muito... você solta aquele sorriso apaixonado, seguido de um enorme suspiro, e pensa: "Ele estava pensando em mim", "Ele lembrou de mim".
Também é ótimo quando por exemplo, entramos no orkut sem esperar nada, talvez 1 ou 2 recadinhos pra responder, e acaba se deparando com um depoimento de alguém muito querido, por menor que seja o número de caracteres, se usadas da forma certa, fazem com que você novamente libere aquele suspiro, e disperte em você aquele encanto.
Bilhetinhos no caderno, cartinhas feitas com carinho, mensagens offline, depoimentos, mensagens no celular, ligações inesperadas e várias outras coisas... À medida que vai recebendo essas pequenas demonstrações de afeto, vai se apaixonando cada vez mais por esta pessoa que mesmo sem receber cobranças, mesmo sem estar perto de você, mesmo sem estar conversando com você naquele momento... mostra que o pensamento estava sim próximo de ti, e com isso, faz com que você se sinta de uma certa forma 'importante' e querida.
Essas pequenas coisas são tão importantes em um relacionamento, seja qual for este, que quando ficam em falta, acabam com todo o 'brilho' e transformam a relação em uma rotina que vai se tornando chata demais pra suportar por muito tempo... a falta de pequenas atitudes afetivas podem sim matar um sentimento, por maior que ele seja.
Valorize os mínimos atos, demonstre o seu sentimento nos mínimos atos... Pois o amor, assim como as grandes árvores da natureza, nasce e morre por causa de uma semente mal tratada.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Alice e Peter..


O sol entrava pela minha janela fazendo meu espelho despertar um brilho intenso. Aquele ventinho atravessava meu quarto inundando cada parte com um cheiro delicioso de campo. O tempo estava perfeito para uma bela caminhada ou quem sabe um bom passeio. Um dia que eu ia adorar passar com Peter.
Foi só lembrar daquele nome que sempre achei que não combinava com ele, que senti um aperto forte no peito. Mesmo sabendo que era o certo a fazer, sabia que por muito tempo meu corpo reagiria a qualquer lembrança. E esquecer das suas lembranças, seria como esquecer da minha realidade. Cada minuto, cada palavra ou cada olhar que compartilhei com você não era algo que gostaria de esquecer. Foi verdadeiro, pena que por pouco tempo. Uma lágrima teimosa escapou dos meus olhos, molhando nossa foto em minhas mãos. Olhei mais uma vez para nossos sorrisos e lembrei daquele dia em que me pediu em namoro. Como foi lindo escutar cada palavra da melodia linda que fez para mim. A mesma que tocava nesse momento no meu rádio roxo.

Foi assim, num instante eu te odiava,
E no outro queria você para sempre.
Por favor, diga que sente o mesmo.
Eu preciso, é com você que quero estar ♫♪

Não entendo como fomos chegar a esse ponto. O ponto em que você me diria que ia embora e eu não dizer nada contrapondo. Talvez por querer fugir. Fugir pra não sofrer, porque as cicatrizes, de uma forma ou de outra, continuam ali. Quando nos pegaram e proibiram nosso namoro, mesmo querendo não fui contra. Aceitei. E você achando que nada do que disse sentir era verdade, me disse que ia embora. Hoje. Ao escutar sua promessa de que nunca mais voltaria, ou eu saberia notícias suas, me senti vazia. Era como se nada fizesse sentido, não sem você.
Ficar sem você não é algo que eu queria.
Decidida e com somente uma idéia na cabeça, levantei da minha cama. Olhei no espelho limpando as lágrimas. O brilho intenso atingiu meus olhos.
-Voltarei ver o brilho dos seus olhos – prometi.
Corri como nunca tinha feito antes. A grama roçava minha perna descoberta, me fazendo rir ao lembrar que o que mais Peter odiava na fazenda eram as gramas. Minha saia rodada dançava numa harmonia perfeita com o vento ao meu redor. Ergui minha cabeça para ver o quanto faltava e lá estava ele, parado perto da sua caminhonete vermelha enferrujada da qual eu amava. Ele olhava algo além do horizonte, e eu me apressei.
-Peter! – gritei com dificuldade.
No mesmo momento, meu namorado olhou assustado para onde eu estava, respirando com dificuldade. Seu olhar era indecifrável. Tinha tantos sentimentos juntos; raiva, dúvida, desentendimento, e quem sabe amor. Se é que depois do que fiz ele ainda podia continuar me amar.
-O que faz aqui? – sua mão foi para a porta da caminhonete.
-Por favor, não vá – me aproximei. – Preciso de você aqui. Comigo. Você me prometeu, lembra? Naquele dia que cai no rio, que nunca ficaria longe de mim. Que sempre ia me amar...
Minha voz sumiu. Senti as lágrimas novamente caírem. Peter me olhou como se estivesse segurando o choro.
-Seus pais... Você não impediu que seu pai falasse tudo aquilo comigo. Ir embora, não é o que quer? – uma lágrima caiu de seus olhos.
Com maior calma me aproximei. Uma de minhas mãos foi para seu cabelo, atrapalhando-o, como sempre gostava de fazer.
-Não! – sorri. – É com você que quero estar.
Peter fechou os olhos suspirando.
-Estou grávida – confessei.
Seus olhos abriram rapidamente, totalmente imerges em lágrimas. Só que um sorriso gigante apareceu em seus lábios. Peter quebrou o espaço entre nós com um apertado abraço, me girando no alto logo depois. Porque quando estamos longe de alguém é quando percebemos o quando a amamos? Eu já não me importo com mais nada... Eu só quero os teus braços me envolvendo.
-Eu te amo, Alice – disse, colando sua testa a minha.
Sorri ao escutar aquelas palavras. Com o mesmo sorriso brincalhão que sempre dava, se aproximou para me beijar. Um beijo que me tirava qualquer medo ou dúvida. Sentimentos que não significavam nada ao seu lado. A vida seria tão boa se pudéssemos congelar alguns momentos no tempo. Esse seria o momento.